foto gentilmente cedida por gonçalo franco - imagens cruzadas
Estou a olhar
para os rolos de cinza
desamparados no cinzeiro.
As suas sombras físicas são
tão pequenas que quase me esqueço
das sombras gigantes que têm dentro de mim.
É esta a exactidão da situação: lembro-me
de mim ao rever o mal que me faço
em centímetros de cancro
que me persegue por entre gargalhadas
bombeadas das poças de lágrimas
cansadas.
Deixo a perseguição aproximar-se ao de leve
enquanto percebo que as gargalhadas são
provocadas pelas cócegas que as metáteses
fazem ao roçar-se nos meus pulmões.
Pressinto no abismo a náusea de não
trancar a porta à puta da maleita,
e então espero que quando a ondulação
da linha se transformar num risco firme,
eu já tenha ido comprar o último
número da publicação convulsão.
Do pulso tímido restará o recolher
a matéria mirrada por dentro e ao branco
papel por fora.
Na festa do meu funeral
vai haver bolo e champanhe
para todos que não forem convidados.
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pedro s. martins
Pedro
ResponderEliminarVenho agradecer-TE a visita, feliz por a ter tido.
Acabo de passar os olhos pela tua obra.
É de lança os olhos que lanço.
Porque estou pasmado com o teu Ser.
Volto, vezes sem conta, para pernoitar.
E deixo-TE um abraço sentido.
Um funeral sem música não é funeral, tocarei com palavras o som da vida.
ResponderEliminarAbraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Ola. Estou passando para convidar para conferir a postagem desta semana: Inovar: O grande X da questão. E Estamos participando do 1º Concurso BR-Infor-Blog, e gostaríamos de contar com o voto de vocês.
ResponderEliminarSua visita será um grande prazer para nós.
Acesse: www.brasilempreende.blogspot.com
Atenciosamente,
Sebastião Santos.
Paulo,
ResponderEliminarmuito obrigado. Costumo passar pela tua “casa”.
Miguel,
está combinado. Levas tu a música.
Excelente poema!
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