O sopro é translúcido ao furo
do lume em mão adversa. A roupagem
de pobre no chão é a nova vida arrancada
alucinadamente aos buracos da pobreza.
Faíscas à força do destino. A perda da tua consciência
enxuta faz-se ao beberes os diamantes
segredos para os restantes compadres
instrumentos terrestres.
O grito fortuito dobra-te todo,
tolhendo-te a alegria
de seres o rico.
A descrição da tua ascensão e queda faz-se
sem vírgulas ou pontos de qualquer espécie. Bens
mortos a fazerem de ti abertura à criança dos
brinquedos caros que, à leia da inveja, encarna
os bons, os maus, os heróis e as damas em apuros
da narrativa que te escorre na mente.
Não és criança (em
tamanho) e insistes em encarnar o cenário
todo
desde o sorriso do sol às colheres
com que os generais guiam a sopa à boca.
Tens uma linha interna tão rica
que se brincasses aos médicos, serias tratador
e paciente numa única massa.
Imbecil.
Morrerias ao trocar a fala do cirurgião
com a dor da carne a ser cortada. E eu trabalho
para que este idioma chegue até ti. Ainda hás-de
arranjar uma fala cooperativa para as tuas
brincadeiras, agora que já não tens quatro anos
e meio.
Homem.
Abre o buraco da generosidade
à força e mete-te lá dentro. Prova o adoçar
até ao oculto de dares. Se mesmo assim insistires
em te plantares nas artérias e no oco, ascenderás
sozinho às botijas ásperas de morreres bêbado
de solidão.
Tens o mundo cingido à singularidade do pensar
na ascensão carregada. Na continuação, nenhuma
terra te vai querer.
Sente-se daqui a beleza do teu futuro
reduzido ao nome escrito num tronco de uma
árvore sem ramos para te rasurar a existência de vez.
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pedro s. martins
o verdadeiro pulmão de Alvalade
Há 1 hora
Mas as vezes temos de ser um pouco imbecieis para não perde um pouco da esportiva com a vida...
ResponderEliminarFique com Deus, menino.
Um abraço.
a vida às vezes é assim!
ResponderEliminarabraços meus!
Um poema para pensar...
ResponderEliminarUm abraço.
Agradeço teu convite. Concordo coma Graça, muito pra se pensar.
ResponderEliminarGrande abraço e sucesso!
Joshuatree
gosto quando os meus poemas servem de ignição a algo.
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