segunda-feira, 25 de maio de 2009

cesto de Lexotan

A Primavera ainda não
se recolheu
e as casas riscadas do verde
ao amarelo
já acolhem
erros de convívio em varandas
onde as curvas da conversa
são para ser
ouvidas pelos transeuntes
que fazem do chão comum
o único catálogo
de Domingo (tarde).

Um espectáculo de estatuto,
frios e altivos, sem sangue
apenas olhares
para o passeio onde quem
não pode
passa.

Passeio sozinho com o resto
da multidão, apenas sei
viver na rua
impulsionadora dos meus
passos
para a solidão
de Domingo (noite).

Tão cedo na vida
e a beleza
já lhes ardeu.
******

pedro s. martins

3 comentários:

  1. A solidão de domingo. A solidão dos dias todos...
    Gostei do poema. Beijos.

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  2. os domingos são natais de todas as semanas. igualmente solitários.
    beijos

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  3. e assim é que deve ser, pedro: o poema deve fazer arder a beleza das palavras. um beijo.

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