A minha língua
agita o metal
perfurante
da tua.
O tumor
metálico tilinta nos dentes
de ambos até aumentar
a humidade fora
das nossas bocas –
gemido
a gemido,
prolongámos a noite
até à lucidez
da manhã.
Levo do poema o teu corpo
salgado e trémulo
e finalmente
entendo
o que Goethe queria
dizer com aquilo do “amor
ser trocista
e hipócrita”.
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pedro s. martins
Ótimo poema, Pedro. Como ótimo é tudo que vi e li por aqui.
ResponderEliminarUm abraço
Obrigado.
ResponderEliminargosto!
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