Não é em vão que chamamos por ti,
embora nunca saibamos chamar
se tu não nos ensinas o teu nome
para que possamos morar contigo
no segredo, na mesma direcção
de sempre que vizinhos e carteiro
conhecem. Sem problema de maior,
indicam a quem quer que lhes pergunte
a porta, dão informações. Agora
não está, deve ter ido ao café.
Nunca nenhuma carta se extravia
e todos me viram ainda ontem
a passar na rua com os jornais.
José António Almeida, "A mãe de todas as histórias", Averno, 2008.
amanhã,
Há 6 horas
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