domingo, 2 de outubro de 2011

Vos seja sonegado

Antes eu perigosíssimo por engano
Pois se ignorante e diverso
Não temo qualquer desencanto
Tanto sonho que vos vejo
Nesta ocasião nunca perdida
Em que vou escrevendo aos conhecidos
Por onde o dédalo dos rostos
Os desfez de meu olho sicrano
Num decalque de sombras e canto

António Poppe, "Torre de Juan Abad", Assírio & Alvim, 2000.

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