Só alguns sabem o quanto esta criatura era dada à ausência dos eventos mais importantes da vida e, sobretudo, a soltar pombos enquanto as águas rebentavam na barriga que deixara na cadeira de baloiço junto à janela com vista para o castanheiro. Não se pensem coisas ruins desta mulher. Antes de sair para Cruz do Bispo, teve a amabilidade de agasalhar a barriga grávida com uma manta, deixar-lhe a telefonia como companhia sonora e, como não poderia deixar de ser, um par de pernas em forma de prótese, não fosse o ventre sentir-se deslocado nas noites mais frias.
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pedro s. martins
não leste? então é novo
Há 2 horas
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