Mastigo açúcar
Apenas açúcar com a saliva
Que não consigo engolir.
O calor humano fechou-me a traqueia;
O calor humano fechou o açúcar numa
Pasta caramelizada.
Morria por este estado de ser diluído
Na própria boca. Servem-me os dentes
Cerrados como tela e
A língua lamacenta de pincel
Para desenhar a última passagem da minha
Estadia eremita.
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pedro s. martins
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o calor humano e toda euforia produzida pelos orgãos é só uma ilusão inquietante para lembrar-nos que por trás do sol existe gelo. depois do gozo, o pranto.
ResponderEliminarE que "a língua lamacenta de pincel" ascenda a poemas como este!
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