quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O lento que queria ser rápido

De onde estou vejo a estrada
Apenas como ponto de ligação entre
Passado e futuro. Tantas vezes ferrei
O presente preso nesta linha ténue que
Me comove à passagem.

Tapo os olhos quando as passagens são casuais,
Cerro a boca quando não sei para o final da volta. Apenas
Deixo que o destino me seja chilreado por andorinhas
Desejadas a qualquer altura.

Sinto-me a perder na ânsia de te tocar, desfalecer é uma
Conjugação corriqueira quando corro para te ver. Deve ser a sina
De quem tem a vida desenhada num mapa e faz do longo passar dos
Dias seu motorista.

Olho pelo espelho e
É a vertigem de quem viaja melhor na paisagem
Do que a observá-la.
******

pedro s. martins

2 comentários:

  1. Obrigada pelo convite a visitar-te. Gosto de te ler. Beijos.

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  2. Fico muito agradado que haja alguém que goste de me ler.

    Continue a passar por cá. Aqui é como no Bolhão, há peças frescas diariamente.

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