sábado, 27 de dezembro de 2008

olhem para baixo

Tusso
a imagem que ilustra o poema pretérito, é impossível não deixar de sentir alguma vergonha.

Brincam os coelhos com a morte.

Jogam à macaca com a cara da lebre. Esfarelam-lhe o rosto, esfarelam-lhe a vida (que vida?)

Consigo-te ver ali. Consigo-me ver ali. Somos todos lebrões com lebres ao colo. Somos todos toscos usando uma máscara de lebre.

Morremos todos para sermos levados ao colo por alguém. Acudam-me
coelhos.
Acudam-me as máscaras de quem faz troça. De quem sangra
aquele ou outro acuda-me em solidão.

E quem julga que a imagem da paula rego está a
ilustrar o poema errado,
É porque é lebre vestida de rosa velho com orelhas
Em vermelho ardente paixão pingante.
******

pedro s. martins

4 comentários:

  1. Bem vindo à blogosfera. Gostei do que vi e voltarei.

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  2. Querido Pedro... Bem vindo!
    Pelo que li vais longe amigo... Parabéns!
    Um abraço de carinho,
    Fernandinha

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  3. Pedro

    Vim aqui à sua casa poemática, de que gostei, embora prometa regressar e ficar com mais calma. Um abraço. Também a minha casinha," À Beira de Água " , está de portas abertas. Bom ANO de 2009. Abraço.
    Eduardo

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