robert doisneau
Procuram-se homónimos de bala
para aquecerem a beleza das vidas
arrefecidas por um arauto
vertente
de funções.
Procura-se a beleza trépida da cândida
geometria do amar. Levitando sentimentos
outrora ancorados ao fundo
do espesso tecido ferrado
em ti.
Procura-se em tudo o cardume quente
para agasalhar fendas gélidas
de solidão repetida. Procura-se a cidade
das cataratas de civismo
conjunto.
Procuro-te a ti, erro procrastinado
para um ontem incerto. E de toda as letras,
acha-se a queimadura de ler demasiado
perto do coração encontrado
dentro do caixote que era corpo
amante
até então.
Em troca de tudo isto, dá-se um
patamar de seda fundia em verve
caduca. Em troca de tudo isto, oferece-se
o sangue eriçado de quem procurou a
crisálida da felicidade sem
fazer contas à sintaxe dos anos.
Depois de preenchida a lista, procura-se
o estirado criador da
saudade brotante em quem
procurou.
pedro s. martins
Boa fotografia!
ResponderEliminarO meu preferido até agora.
ResponderEliminarProcura-se sonhos
ResponderEliminarGrandes, pequenos ou médios
Não importa o tamanho
Contanto que sejam legítimos
Desses que aquecem o peito
E movem os pés
Que conduzem a direções certas
Mesmo que ainda não se saiba
Aonde se vai dar.
É importante que isso fique claro
Pois tantos há
Que não dão nem para um dia
são vazios, ocos,
voláteis como a neblina
Que se rende aos primeiros raios de sol.
Também não quero os que hoje
se vendem aos montes
Industrializados
Etiquetados
Empacotados
E até embrulhados
Com laços, fitas e papel de presente.
Para encher nossos olhos
E nos fazer pensar
Que eram tudo que precisávamos.
Mas não
Sonhos não se compram
É preciso que sejam por encomenda
Tecidos e bordados sob medida
Como aqueles de antigamente
que caiam como uma luva.
Afinal
Cada um só cabe no seu próprio sonho
Senão fica apertado
Ou largo demais
Fica sem jeito, embeiçado
Enviesado, ou pescando siri...
(Escrito por Gabi)
Um abraço e boa semana
"E de toda as letras,
ResponderEliminaracha-se a queimadura de ler demasiado
perto do coração encontrado
dentro do caixote que era corpo
amante
até então.
Um poema muito belo e lindamente ilustrado com uma fotografia de Doisneau.
Um abraço
uma linda fotografia e um lindo poema!
ResponderEliminarbeijinhos
imagens poéticas muito belas...
ResponderEliminarde que gosto francamente.
abraço
Nada mais tenho para dizer senão agradecer sentidamente a todos os que elogiaram o poema.
ResponderEliminarProcura-se tudo o que foi
ResponderEliminarPrometido pela vida
Na esteira
Das ilusões perdidas.
Procura-se aqui e
Aonde quer que for
O que só vi nos filemes americanos
E nos livros de poesia...
Procura-se
Finais felizes,
Cartas sem PSs...
Procuara-se a sinceridade
Que não machuca,
Procua-se amor.