Trespassei Viçosa
deixando o
lastro do
respirar na sombra da
acalmia.
Sentei-me numa
poça de
silêncio pretérito e silêncio
presente ficou à espera do
quietude futura.
Por lá,
as pessoas movem-se
mais lentamente que a sua
simpatia de criança a
querer mostrar ao miúdo
recém-chegado o recreio
que é hospitalidade a escorrer
honestidade
Matei três, assaltei
quatro e violentei
dez. Mesmo que fosse
verdade na primeira pessoa, tudo só seria
verdade se alguém o dissesse
na televisão.
Viçosa pára o
sol e o mundo com ele.
E eu também.
Enquanto vivi a ritmo
de fotograma,
apenas senti
falta do Douro a beijar o
Cabedelo na testa antes
de o deitar nos
lençóis da Foz.
Florbela esteve comigo o tempo todo.
******
pedro s. martins
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Adorei este poema, principalmente quando você faz uma alusão à Florbela, que por sinal é minha poetisa preferida...parabéns meu amigo!Adorei seu blog.
ResponderEliminarGostei...Gostei...
ResponderEliminardas laranjas da colina
Florbela perpassa em rimas de ataúde
para uma igreja no olival,
Bento de Jesus redopia a hipotenusa
na imensidade dum terreiro,
a porta do "Nó" é patética de fidalgos descalsos;
a terra rasga-se lapidada de suores
o caminho é trepidante cor dum vinho novo,
um barbo sorri mais à frente
entre plátanos descrentes.
josé movilha
É pena que a cada da Florbela esteja a cair aos bocados.
ResponderEliminarT