foto gentilmente cedida por pat - from pat with honey
(a foto não ilustra o poema, ilustra a rua do poema)
Negrume é o camaleão da passagem dos mais fracos diante dos nossos olhos.
Atiram bolotas de pedra a todos imaginados porcos
na
estrebaria da tua soleira
que nunca foi mais do que os teus lábios a pedirem
uma vida sem ser de prostituta por opção dos outros.
Alugaste a carne
aos bolsos de todos os teus padrinhos de vida.
Vendeste riachos de mel gozo
aos que te abordavam com moedas
(eras elefante no jardim zoológico)
Morreste pelo prazer que deste. Vi-te a desfalecer com animais alojados
no teu ventre de mãe filha indesejada.
Era ele que te obrigava criada e erguida do nada por pénis bêbados com sede
do teu álcool. Davam-te
moedas de pecado embrulhadas com notas de maridos com famílias a exigirem
mudar o seu paradeiro no meio do mato. Deram-te moedas mil porque
(eras elefante no jardim zoológico da prostituição)
pedro s. martins
Sempre achei
ResponderEliminarQue cada um tinha o direito
De vender e comercializar livremente[
Aquilo que lhe pertencia...
Mas vi que não era sinônimo de liberdade
Por à venda algo que normalmente não se compra,
Pois o comércio da carne, embora livre,
Não compensava com grandes lucros.
poesia dura. palavras cruas. muito intensa.
ResponderEliminarbeijos
Inspirado em Pedro S. Martins.
ResponderEliminarvaleu
Gostava de lhe dar boas notícias, mas... a sua poesia é realmente enfadonha e pouco vivida.
ResponderEliminarSabe onde estou, basta procurar né?
chêro
Jeca Milenar
Flávia Muniz,
ResponderEliminarfico contente por um poema meu lhe ter servido de inspiração.