(imagem gentilmente cedida pela carolina - a casa real)
Apertam-me o laço da gravata que tenho na tiróide.
 Não o fazem por cima da camisa.
O meu está entre a pele, o sapo que me salta nos pulmões e o osso
que por ali passeia àquelas
horas.
 
O elixir da vida acaba e desmaio – a forma de morrer dos fracos – tenho 24 
metros entre os olhos e a vertigem do chão. Acordo gigante
feito à pressa por demónios da existência. Sacudo 
os meus conterrâneos do ombro esquerdo e vejo que os barcos são 
beiras de uma caixa de fósforos feita para mim.
Vejo-te aí em baixo, minha cadela de alma
queria espezinhar-te, 
mas não,
desvio-me em vez disso. Não queria, mas cai
desamparado sobre o mundo que era de brincar para mim.
Para nunca mais acordar.
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pedro s. martins
contexto chamativo
ResponderEliminargostei deste poema...
abraço
Bom. Acre, como eu gosto. sente-se o cheiro a mau sexo e a dinheiro podre.
ResponderEliminarAbraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
elixir da vida...cicuta no anel do blues
ResponderEliminarSomos todos filhos do mesmo acre quando a vida é esta.
ResponderEliminarOlá Pedro...
ResponderEliminaradorei esta imagem...
Foi a Carolina mesma quem fez?