Vinte anos depois
de estagnarmos de lagar
em alambique, aprenderemos
a ouvir a voz da alegria decepada
pela nortada
reconstruída fora de época.
Em cada gesto, a lentidão
do habituar – como tu gostas
de cantar – aos vales
infectados pela pródiga tristeza
dos alicerces humanos.
Eterno e inglório descontentamento
do lento cuspir
de mar
que nos lavrara os órgãos poluídos.
Chego de não ter traído a minha condição
para perceber,
finalmente, a corda unificadora
colar de letras até aqui – não há diferença
entre estar sentado no topo
ou dentro do mundo – cairemos
todos na tentativa de nos erguer.
Membros escarpados pelas lâminas
da inércia distractiva. Apenas
a morte nos fará
levantar todos da mesma maneira
para nos deitarmos a beijar
às carpideiras:
torneadas anunciantes da boa-nova.
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pedro s. martins
era antes da Marie Kondo, Herberto Helder
Há 2 horas
cada vez aprecio mais a qualidade da tua poesia. um prazer desafiante.
ResponderEliminarbeijos
:)
ResponderEliminarestou esgotado e de cabeça vazia.
:)
propor um desafio é muito bom. curvas em vez de rectas.
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