(imagem cedida por Maria João Lopes Fernandes – Eco)
Marcha para o palpável
esta ilharga soprada
e crua que me acerba
os elementos.
Vida para trás, a razão
do ritmo abrasa-me o pensamento
exaltante. Faísca o tão poliglota
perfume do lume que alumia
em volta o corpo virado
do avesso, como se o crânio
deixasse o agir filtrado
pela luz do osso.
Vida para trás, miúdo para a frente,
junto ao sistema de atirar
o invólucro da mãe
ao casco granito choro
e adeus brotado conjugado
com o jogo do grito.
Fala à frente da saudade, olhos
em flecha atirada à conjugação
da palavra nunca. A vida move-se,
o viver pára onde o sujeito se divide
em inerências e arranques
atacantes à madeira fechada, ao granito
frio, ao corpo que era quente
de amor.
Há cada vez menos fenómenos de amor
no mundo.
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pedro s. martins
e por isso o mundo precisa de poetas que não deixem o amor morrer. gostei muito, pedro. um beijo que ontem não te dei pessoalmente... as minhas desculpas.
ResponderEliminarOlá Alice,
ResponderEliminarTeria todo o gosto em conhecer-te. Como foi a primeira vez que fui, não tenho termo de comparação. Espero que tenhas gostado do que viste e ouviste e que, já agora, tenhas gostado dos poemas que deixaram de ser meus pertences.
Beijo,
pedro
Pedro
ResponderEliminarassim se faz um poeta, com poemas destes.
soberbo.
beij
há cada vez mais menos verticalidade. há cada vez mais o seu nome a crescer. numa poética que se afirma!
ResponderEliminaro meu abraço.
Fenomenal!
ResponderEliminarbjo
obrigado. obrigado a todos.
ResponderEliminarEspero que não se importe que tenha levado "emprestado" este Poema...
ResponderEliminarUm abraço e uma excelente semana ;)