quinta-feira, 25 de junho de 2009

percentagem de alcatrão

Rebenta em mim a solidão
da manhã da noite. Momento
em que descem os erros
do dia, mas ainda é cedo
para saber até onde irá a ampola
da escuridão com todos
os seus demónios.

Combato os meus pretéritos
dependurados em mim
com uma mistela à base
de halogéneo.

Dentro do quarto, o cigarro
que não se deixa fotografar. Dentro
de mim, farmácias de amores
provocadores
de saudades prestigiantes.

Rebenta em mim muito
mais do que a solidão. Com o passar
da vida, rebento eu e não estou só, há
a solidão que é cadela de companhia.
******

pedro s. martins

6 comentários:

  1. ´"Com o passar
    da vida, rebento eu e não estou só, há
    a solidão que é cadela de companhia."

    Ou o Sting e a Rita que são os meus dois canitos adorados ;))

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  2. Oi, Pedro.

    Gosto de seus poemas.
    O difícil e "ler-me" tão escancaradamente neles.

    Beijos mil!!!

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  3. parabéns, Pedro. Está muito bom. Havemos de continuar a nossa conversa.

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  4. gostei do poema.
    tem diferencial
    num fik na mesmice de outros por aí.
    perfeito..
    parabens
    sucesso..
    e espero voltar mais vezes aki.

    www.bocadekabide.blogspot.com

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  5. A solidão que nos rebenta no corpo... Gostei muito do poema.
    Um abraço.

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