Eles têm imagens de tudo,
até de raparigas trabalhadoras
de quartos abalados
pela massa tremenda
do aluguer.
Cerradas, encarceradas
apenas com ferros frios
nos dentes; bebem a centelha
de uma cratera cheia
de fogueira-
-vergonha.
Venham ver o acto de consumir,
tão perto da dormência
de um povo, perto do nervo
calcinado que quer ferver
e dizer que a voragem
é máxima nos dias
em que não durmo.
São ininterruptos
acessos a quem precisa de alguém
que não seja
alguém menos profundo e denso
que o interior
do homem-mármore.
Abalados atabalhoados
os que limpam a boca
à toalha
sistina saia de quem não tem
gosto para menos.
Alguém te poderia ceder um grito, agora
que estás em quarenta de aluguer
sexual e continuas
vaidosa de saia
rodada.
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pedro s. martins
...
Há 8 horas
E há valores que não há dinheiro que pague.
ResponderEliminarMas, não há situações que deixem de inspirar poemas, poesias.
Beijos mil!!!
Obrigado, Giane.
ResponderEliminarHá valores ferrugentos.
Gosto de passar, gosto de ler-te, gosto... enfim.
ResponderEliminarBoa semana
Obrigado, Graça.
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