segunda-feira, 2 de maio de 2011

SOBRE A ETERNIDADE

Perguntaste-me há quanto tempo
as folhas se levantam sem cair.
Falavas se calhar da eternidade sem querer,
da mesma forma inocente com que adormecias
ou pousavas o copo de vinho sobre a mesa.

A única forma encontrada
era a breve inocência das coisas
repousada na tua própria dúvida.

E eu tinha a certeza que não eras daqui,
como eu sou,
como ninguém é.

Verificados todos os silêncios.

António Quadros Ferro, "Um Pouco de Morte", Edição do Autor, 2009.

Sem comentários:

Enviar um comentário