para o Jorge Roque
Encontrá-lo aí mesmo, como se
pendurado no vazio. Desenredá-lo levemente
e puxar, procurando aquele ponto de tensão
sem, no entanto, o encontrar. Puxar mais e
mais, fervorosamente. Daí a nada
mais parece que é o fio que te puxa a ti.
E puxa, horrorizando-te, enquanto
imaginas que costura do teu mundo
agora se descose.
Diogo Vaz Pinto, "Nervo", Averno, 2011.
"Hoje quantos somos? Quantos ainda
ResponderEliminarsentem o gosto, esse cheiro
escapando, estranho
como a nossa juventude.
Adiados vezes suficientes, mais
atrevidos ainda, num país que preferia
não, que gosta muito de chamar
à parte, de dizer que isto mão é próprio,
não se faz, ou
explicar as suas razões e,
no fim, pedir uma atençãozinha."
"Tenho o sono
ResponderEliminarhá dias, semanas já, sem funcionar.
Não me larga a ideia de que
endoideço. A boca cheia de asas,
um rígido tremor, e quando a abro
(...).