E hei-de passar por ti na rua
e não te falar.
A prosa infiltra-se nos versos
para eu assistir ao desmoronamento do som
e não ficar de pé nem um eco:
só o pêso do silêncio
mais o teu ladrar ao fundo do beco.
Não te recordarei.
E, no entanto, falo de ti
com desgosto, não já por te haver perdido,
mas sim por te saber de ti perdida
e sem dono.
Beco dos Birbantes, 1. VII. 08
António Barahona, "O Som do Sôpro", Poesia Incompleta, 2011.
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