para a Helena Nogueira
e José Miguel Silva
e José Miguel Silva
Um dia - pensámos todos -
deixará de haver cafés
no Porto e o mundo
tornar-se-á ainda mais inabitável.
Avisei logo que nada escrevera
sobre esta cidade. Nem sempre
o desejo ou o amor nos garantem
as palavras. Quase nunca.
Mas havia tantas mesas
e cadeiras arrumadas quatro
a quatro, inventando só para nós
a alegria súbita da laceração.
Manuel de Freitas, "Telhados de Vidro 3", Averno, 2004.
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