sábado, 24 de setembro de 2011

De súbito
como do alto do estio
nós estamos no aqui.

Cada coisa que vemos é feliz
e nós somos o seu silêncio
ou o seu nome.

O clamor tornou-se voz
e o silêncio claro
equivalente a um fundo azul liso.

Luz lúcida
excepcional
sobre as errantes raízes
lenta portadora de uma água visível.

António Ramos Rosa, "horizonte a ocidente", Cosmorama, 2007.

Sem comentários:

Enviar um comentário