Ergue-te de mim,
substância pura do meu canto.
Luz terrestre, fragrância.
Ergue-te, jasmim.
Ergue-te, e aquece
a cal e a pedra,
as mãos e a alma.
Inunda, reina, amanhece.
Ao menos tu sê ave,
primavera excessiva.
Ergue-te de mim:
canta delira, arde.
Eugénio de Andrade, "Coração do Dia", 1958.
Sobre Memória da Memória, de Maria Stepánova
Há 8 horas
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