quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

CADUCIDADE

Areia movediça das horas. Silente e contínuo escoar-se
mesmo do edifício felizmente sagrado.
A vida sopra sempre. Já sem ligação ressaltam
as colunas ociosas, sem carga.

Mas o decair: é ele mais triste que o regresso
da fonte ao espelho que ela de brilho empoa?
Mantenhamo-nos entre os dentes do mutável,
que de todo nos tome na fronte contemplativa.

[Muzot, fins de Fevereiro de 1924]
******

Rainer Maria Rilke

4 comentários:

  1. Hola... tengo que traducir, pero poco a poco entiendo...

    besos

    etterna tanay

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  2. Olá, Pedro.

    Vim atender ao convite que me enviastes.
    Muito lindo o que li por aqui.
    Comemoro teres 'retirado de tuas gavetas', poemas tão belos.

    Abraços.
    Voltarei mais vezes.
    Carinho.

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  3. Realmente gosto de tua escrita ...
    existencialista e intimista ...
    bj

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  4. obrigado, mas este poema não é meu.

    Este é do Rainer Maria Rilke.

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