angela berlinde
És colaboração indecente na
minha estadia anémica,
pernoitando nosso passado. Toda a luz
numa só curva da memória
cardada. Todo o amo
num sôfrego olhar clandestino.
Indultar é pouco para o que me
vogas da carruagem nocturna –
Voo da despida;
Aterragem trilhada
à
chegada –
Sou o súbito fechar,
palma
da eternidade deslumbrada
em fotogramas silenciosos. És
as vogais lentas do regresso
a nós.
Quem me dera a nudez
reconhecida do quente passar
das tardes do ser
nítido.
Chegámos ao fim da condição
humana e tu
sem apareceres. Alegrava-me conhecer-te
imortalizada numa música.
Ao terceiro minuto veria o teu rosto
de olhos fechados
por ti.
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pedro s. martins
sempre em música se revê também quem mais se gosta. ou não. são notas soltas em claves de sol. porque não? assim se ama.
ResponderEliminarivone,
ResponderEliminarmas é precisamente isso que o poema diz:
“Alegrava-me conhecer-te
imortalizada numa música.”
Ama-se sem se ter a pessoa. Ama-se as memórias que ela espelha por aí.
Marcos, sim, acho que também poderia ter usado estada.
(estadia
s. f.,
estada;)
Visitando seu blog...
ResponderEliminarVoltarei mais vezes. Gostei!
Boa semana pra ti,
bjos.