el pais
A escolha será reduzida. Levar-me-ão
para ser depositado numa ilhota qualquer
em que mais tarde serei
descoberto no
braço
que me estenderes.
O deslumbramento mais puro é aquele
de encontrar
do meu rosto.
Deixar Heyerdahl
escavar-me o frontispício
na incessante
procura
do
ahu Tongariki.
Não ser relutante é aceitar
as cinzeladas com as pálpebras
abertas à floração subtil
e suficiente para não
estremecer ao descobrir que sou
feito de pedra.
Acordarei com a boca seca e
o corpo transmudado
em petróglifo
da mais bela criatura
que alguma vez habitou
esta esfera crua:
tu.
Não devemos ser mais fortes
que o nosso
corpo.
O meu transpira poeira
por nesgas
de musgo
e tem no suave toque
da tua palma
momento de contemplação
inglória.
A esta minha condição só condeno
duas coisas:
a tua boca ser pequena para
te beijar
e não poder dançar
contigo debaixo da chuva aveludada
como fazíamos enquanto fomos
criaturas mornas.
Talvez amanhã acorde
pássaro.
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pedro s. martins
Lindo. Sublime...
ResponderEliminarolá
ResponderEliminarrecebi o mail e aceitei o convite e cá estou eu gostei do blog e da poesia" eu não me importava de acordar(por um dia ) passaro"assim teria a experiência de voar.
Faço-lhe agora o mesmo convite passe no meu blog,
paraladabruma.blogspot.com
Um abraço de alma
Salamandra
Obrigado. Sejam bem-vindos.
ResponderEliminarMuito bonito.
ResponderEliminarDeixar de poder dançar, sob aveludadas chuvas e corpos mornos,faz poemas tão belos...