foto gentilmente cedida por Pat - from pat with honey
a indumentária clássica
era
o lenço que trazias debruado
sobre as ideias frescas.
Ao nascimento
da cultura
eras quem lhe
cortava o cordão
umbilical
ao pensares
o passo seguinte.
o passo seguinte,
o encore.
Nas clareiras de grupo
a que o teu pensamento obrigava,
eram ocultados
os teus
pensamentos dilacerantes
com a tua lucidez
de revelar menos.
Chegaste a ser
vegetal no subtil silenciar do fermentar
vivaz
que só tu
possuías.
A reconciliação era quando
a distância ficava reduzida
ao desfocar do envolto
e deixavas o centro ser o palco
ao que ias.
No deslumbramento,
relegavas-te
para leiga a adjectivares de bonito
aquilo que para ti era, facilmente,
um discurso descritivo
escrito
na palma de qualquer um
dos cinco sentidos.
Soberana sintonia entre explosão
e estilhaço.
Enquanto brincávamos
aos opinantes,
eras opinião
em estio perpétuo.
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pedro s. martins
"Sintonia em explosão e estilhaço"
ResponderEliminarterá o ronco profundo do início. Lembra o big bang que, afinal, entre começo e infinito, é (toda) a eternidade, porque um instante apenas. Tal como as brincadeiras dos opinantes, por igual, no risco que a opinão contém: pode tudo, da desgraça à beleza.
O som da palavra que não recua, gritada mesmo em silêncio.
Deixando os devaneios: muito interessante. E um blog com fascínio.
Gostei do seu “devaneio”.
ResponderEliminarFico contente que ache o poema interessante e o blogue com fascínio.
muito bem! tudo com ellenismos.
ResponderEliminarobrigada pelo convite. re-visto ;)
Seja muito bem-vinda.
ResponderEliminarTraga sempre os ellenismos consigo. Fazem falta.
Aceitei o seu convite e vim conhecer o seu blog!
ResponderEliminarParabens !
Um abraço
Muito obrigado. Será sempre bem-vinda.
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