quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

outro qualquer

Decide-se pela redefinição. Do regaço
Bondoso faz canteiro estancado no
Apeadeiro vazio. Optou por não trazer mais
Rosas no colo. Plantou-as todas em terreno
Mais ou menos
Agreste. Com a monção chegou a bonança do
Milagre inequívoco.

O que vai ser de ti? O que vai ser de ti,
Quando estenderes o colo e caírem
Estrelas sem dono apenas com
Destino ganho pela estadia da queda?
O teu ventre tem a imponência de um
Universo aberto ao entusiasmo da
Humanidade
Estéreis bolbos em gestação.

Sabes que o mundo te vai dedilhar quando se
Aperceber do que fizeste.

Não sabes?

Passas por cima da folha e não fazes restolho. Assobias
Enquanto disparas bondade degradada
Imprópria para consumo pelos demais. Debiquei
E fiquei bomba armada à espera que
Outros
Me debiquem.

Sou redução desregrada a contagem decrescente.
******

pedro s. martins

2 comentários:

  1. Obrigada pela visita. Estou encantada com sua poesia. Minha alma ficou em festa, adorei!.

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  2. este poema é como granada aberta arremessada ao povo, como o buquê da noiva indecisa. explode nas mãos que o querem tocar.

    belos versos,

    abraços.

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