uma imagem de alguém colado ao chão é que ficava aqui bem. Talvez quando me
resolver colar ao tecto se arranje alguma.
Sou chão na fome de conduzir sentimentos. Vamos acariciar o imberbe que agora se quer fazer
homem
epicentro da existência colateral. Tudo por aqui é liso e sem arestas onde me possa desgarrar na tentativa de me
erguer.
Não estão a entender? Quero dizer que nasci bicho transmudado de menino hoje de manhã dir-me-ia kafka (não o de Murakami, o Franz. Sim, aquele da carta ao pai) com um copo de
sumo de laranja numa mão e um cigarro de enrolar
na outra; meninos temos que tomar
conta da nossa saúde (como se a saúde fosse um cão de raça, rafeira a minha)
para chegarmos aos 90 (noventa) anos cegos, surdos, paralisados
do cabelo para baixo, mas a
respirar autonomamente. Autonomamente porque as três máquinas
que mantêm o avô
longe da luz avó funcionam à vontade de um gerador.
kafka, paga aqui mais uma rodada ao bicho que ainda
consigo ouvir o vento a eclodir os seus
ovos na minha janela. E ele paga.
A saúde, pois. Tomem conta dela e não se enganem
no raciocínio. Quem se perder no meio, chegará ao fim
com vontade de passar ao blogue seguinte, aquele dos
poemas arrumados pela ordem de um
abcesso em flor.
Onde é que eu ia? Ah, percebem?
(dizem que quem pergunta muitas vezes se estão a perceber
é porque está inseguro quanto à ideia que está a explicar,
estão a perceber?)
que restolho fará o meu corpo a sair do chão? Adivinho algo
parecido ao arrancar de um papel de parede colado na figura
exoesqueletica de um casarão.
Os meus tempos são as tuas asas de pardal, o meu pensamento
teu chilrear de quem atirar-se do poleiro
na vertigem do
abaixo.
Agora sem vírgulas, estamos quase lá, repito eu o que Lobo Antunes escreveu
perto do final de um seu livro que eu amo
Tu a voares em direcção ao que te apetecer e eu aqui colado a este chão que apenas queria que fosse meu por empréstimo alguém tem uma espátula para tornar a ser rapaz bípede rapaz na celeuma da vida contígua aos teus voos ciprestes a abrirem em flor e eu preso a este chão que me proíbe o cheiro apenas a visão pela janela meia embaciada. Estavam a perceber?
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pedro s. martins
pois....acho a entrada e tudo muito bom Pedro
ResponderEliminarcomo já devo ter dito....o "menino" :)))) voa...
voa agora rente a um céu. seguro!
beijos.
e sim....uso passar aqui....
ah....esqueci....
ResponderEliminar(piano)
_______________.
Pedro, obrigada pelo convite.
ResponderEliminarCom certeza estarei atenta e por perto.
Poesia é alimento.
Beijucas e bem-vindo à minha vida
VAN FILOSOFIA!
Para refletir:
ResponderEliminarAprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...
Não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo
de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
(William Shakespeare)
Faça dessa nova semana um novo início rumo à
felicidade.
abraços
Chega o vento assobiando
ResponderEliminarfazendo riscos imaginários
como ondas no céu soprando sobre folhas ,
flores, vidas chega a brisa manhã
canta suaves carinhos
envolve numa doce,
fresca brincadeira
lembranças num rastro
manso luz vento , brisa,
vida tocam rios janelas
todas as casas calçadas
soprando sorrisos
lembrando todos os caminhos
colorindo como se fosse carrossel
verdadeiros roda moinhos
deixando correr a vida
como fosse melodia...
(Maria Thereza Neves)
Tenha uma linda semana
Abraços
aqui Pedro o lugar cresce!
ResponderEliminarBom dia. Beijo.
(imf)
estás a perceber?
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