Da devassidão provocada pelo colocado
explícito no mundo, há uma provocação interina: a ambiguidade
do vício de fabricar vida insondável pelo azedume
comum dos mortais.
O luxo do talento temporal é cada vez mais comparável
às folhas do plátano – pulseira do pulmão
centrifugador
das matérias arteriais
fervilhantes cancerígenas apanhados
pela boca.
Há algo em mim, contorcionista de fôlegos,
a pedir
cobro à ressaca da humanidade. Impera por aí
a alucinação como forma de sobreviver por nós a nós.
Aliás,
a alucinação é uma arte com florescimento
em todos os vãos de humanidade.
Desatem os vossos orifícios receptores e dêem
vida ao iodo tranquilizante que vos corre nos
poros feitos pelo crivar dos dados anunciantes
da exacerbada prostituição de valores.
Morramos pela costura da dignidade.
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pedro s. martins
autores que não conheceram Duarte Siopa
Há 4 horas
Morramos pela costura da dignidade -
ResponderEliminarSe ela, lógicamente, puder ser costurada.
E sejamos todos enfim felizes
Ou enfim infelizes,
Sem mais meias verdades
(Ou mentiras inteiras),
Sem mais medo de nada.
que blog tao profundo e maturo! digno de um livro! eu ja escrevo coisas e de forma mais simples, mas aqui encontrei um talento nato. parabens ass gi
ResponderEliminarwww.ospoemasdagi.blogspot.com
Hum, pior é a politica como a sua "exacerbada prostituição de valores"...
ResponderEliminarFique com deus, Menino.
Um abraço.
Porque tenho a impressão que as vezes teus versos são um grito de indignação? Escreve muito bem, mas há um furor dentro de si que precisa sair e de forma poética, falar das coisas que lhe provocam sentimentos intensos.
ResponderEliminarum abraço e boa semana
a minha dignidade hoje se contentava em poder ser o que é deveras, pero...
ResponderEliminarbelíssimo texto, como sempre :)
Belo poema. Os meus parabéns. Continua!
ResponderEliminarum zipper seria mais perigoso.
ResponderEliminarcontorcionista da tua alma abrupta,pungente...que poema-delírio !gostei.
ResponderEliminarA dignidade nada, nada será.
ResponderEliminare no fim,
ResponderEliminarapenas queria que este blogue fosse uma clarabóia como tecto de uma caverna.