Uma vez mais acende-se a renúncia
ao amor.
Que a morte a embebeda;
(e)
que o animal raro a celebre;
(e)
a pirâmide que não seja invertida, hajam ainda
animais raros a contemplar o dia de ontem;
(e)
a ferida não seja estancada para arder ao
pairar sobre o teu nome.
O espaço é contíguo ao lavrar provocado pelo movimento
da língua lenta.
Choras nos punhados de ouros que o acervo de felicidade
não considerou como forma de pagamento. Mesmo que não tenhas
gente alguma que ouça, o sangue desmanchado pela escrita
lírica de uma posta fervilha-te a rude existência
de viveres a ilustração dos frescos representativos
do amor não correspondido.
Sentes o fósforo a riscar-te a pele?
É a paga de não teres uma mão capaz de manobrar
com elegância os sentimentos que te ocupam
o peito sentado.
O grosso da dor atravessa-te o sono, servindo apenas
para atrasar o seu início. Abaixo da dor, apenas as ondas
que persistem em te atirar a existência contra o molhe.
[e]
Outro tremor de quem não sabe onde deixou a irredutível
presença baldia. Ávida e inculta, perdeste a alma gémea
para outra rapariga que não tem alma, nem é gémea
de criatura alguma.
Jubilava com a tua incessante busca, mas a rouquidão que me
assola a garganta dos passos prejudica-me o desamor
do andarilho.
Tens a finura de uma metástase encardida a lutar para o estio
da reconquista. O teu medo de não reencontrares a alma que perdeste
está-se a transformar numa maneira sagaz de te ires matando aos poucos.
Espero-te nas noites dos gritos cosidos com ponto Richelieu.
Até lá, resta-me vigiar as têmporas à espera que o corpo luzindo
trará celeridade ao nosso reencontro
sobre as massas doces.
******
pedro s. martins
autores que não conheceram Duarte Siopa
Há 7 horas
deixou-me sem palavras
ResponderEliminarperplexo!!!! catatônico!!!
é de uma intensidade tamanha que me faltam verbos para explorar ou expor...
só tenho que felicitar e felicitar...
felidades
"Sentes o fósforo a riscar-te a pele?"
aplausos!!!!
Davi M. Machado
Complexa poesias sobre complexos sentimentos...
ResponderEliminarFique com Deus, menino.
Pedro.
Curvo-me...
ResponderEliminarAh! Tempo!
ResponderEliminarNunca quis voltar em ti.
Apenas espero que me devolvas
os sentimentos que vivi.
Não deixes que meu sorriso
se perca pelo cansaço
e que minha voz
se cale por um fracasso.
Não deixes que meus caminhos
se desviem da meta
nem que os percalços
sejam maiores que minha força
para que eu siga esta reta.
Passei neste lindo espaço para te desejar uma linda semana
Abraços
Magnífico...livre!
ResponderEliminareu gostava de hoje ter escrito tudo isso. vc me lê.
ResponderEliminaradmirável talento poético. o teu. insisto...
ResponderEliminarabraços
tive que voltar e ler de novo. que é (b)OM demais :)
ResponderEliminarUm belo poema de amor e desamor, de encontros e desencontros e de esperas.
ResponderEliminarUm abraço.
Oiii... amo ler o seu blog (ele é simplesmente lindo e instenso), criei o selo 'Literatura é arte!' e te presenteei.
ResponderEliminarVá no meu blog (http://amorfilosofoamor.blogspot.com/2009/02/valor-quem-merece.html)para pegar o selo e ver as regras de recebimento.
Bjoss
fantastico!!!!!!
ResponderEliminarjá agora, dêm uma visita em http://luizcesarbaptista.blogspot.com/ onde podem ler o meu primeiro romance