Chegaste brasileira grávida
na tranquila semana em que o corpo
do tempo escoava pela contagem dos
meses para o vão
do útero.
Chegaste tu e mais dois, os gémeos.
O folhear do jornal ensina-me que te
encontraste com as biqueiras
de um grupo neo-nazi. E o baixo foi novo profundo,
a respiração fazia-se pelas veias subterrâneas
à vida.
Quanto tempo? Dez minutos.
Para seres esventrada com armas brancas. Dois futuros na
sarjeta. A singularidade de quereres
subir mais uma vez à flor
branca desprovida de terra
para ouvir o falso uníssono que ias ser mãe. O velho
consolo partido por estares a falar em português.
A pele não mostra esperança, água ou o beijo. Tem iniciais
cravadas na tentativa de te reduzir a gado prometido. Falharam-te
como progenitora e o próximo amanhecer será o mais
despido de sempre.
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pedro s. martins
autores que não conheceram Duarte Siopa
Há 10 horas
excelente poema. para além da indiscutível qualidade literária.
ResponderEliminarinquieto e insubmisso.
cumprimentos.
gostei do poema
ResponderEliminartema bem posto em uma situação
um tanto assustadora
e
sem pretenções
D.M.M
Comovente e triste este poema. Excelente. Um abraço.
ResponderEliminarO poema também pode ser a arte da revolta feita denúncia.
ResponderEliminaratento à actualidade, à realidade. interventivo. um belo poema.
ResponderEliminarbeijos
belíssimo. pelo que há de tudos.
ResponderEliminarMuito bacana!
ResponderEliminarBjooos
Bela poesia sobre algo real e que com certeza, se fossemos civilizados, lutariamos para nunca mais voltar a acontecer...
ResponderEliminarFique com Deus, menino Pedro.
Um abraço.
Muito obrigado. Novo poema dísponivel.
ResponderEliminarUm verdadeiro génio!
ResponderEliminarmais triste ainda saber que ela pode ter forjado tudo ...
ResponderEliminaradorei seu blogue !
Esse desfecho dava outro poema.
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