quarta-feira, 29 de abril de 2009

consciência de um sorriso falso

(Mark Ryden)



Tenho um prego cravado
na garganta
sangra
escara obscena
sorrisa à vontade
em busca de uma corda
para espremer o prego.

Falta-me subalugar
uma vida, despindo-me desta
cadela que me arrasta para o seu
comedouro pendurado em tecto
tão pouco moral.

Odor a morte afiando
os dentes; escara voltaica
porque sim ao choro
emitido pelo laço
final da
minha poesia.
******

pedro s. martins

3 comentários:

  1. nossa, pedro. denso, hm? e que magem, acasalando perfeita e mente...

    amei o debaixo também.

    beijo :)

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  2. O mar me ultrapassa.
    Mas ondas haverão de contar
    Aos ouvidos que lá pousarem
    Que um dia sonhei no mar.

    O céu não vai se importar
    Quando eu monge de meu hábito partir.
    Mas estrelas enquanto restarem
    Hão de lembrar
    Que um dia me puseram feliz.

    A terra , é fato, há de me subtrair.
    Mas a árvore que me deitou raiz
    E as cores
    Que em meu tempo colhi
    Estas eu levo comigo
    Ninguém há de tirá-las de mim.

    Fernando Campanella

    Desejo um lindo final de semana com muito amor e carinho
    Abraços Eduardo Poisl

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  3. Maio, o primeiro dia, o dia um, um dia, este.

    Celebra-SE aquele que tem algo a fazer, ou que há tanto faz [...]

    Maio também de Maria, de re.conciliação.

    Maio de colher, a semente.

    íssimo _______________________________ .

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