sábado, 25 de abril de 2009

cordel I

Uma cabeça grande dentro de uma
cabeça pequena,
a bombear, um todo,
um fundo, cefaleias perpetradas
e desaparecidas quando as suas leis
assim o ditam.

Podia acertar calendários pelas dores
que se escutam em silêncio. Demoram
o tempo suficiente para alinhavar
um novo poema. Ecoam
o suficiente para conseguir ouvir a voz.

De quem?

Olho o caderno e vejo palavras desregradas
rindo
na cara dos meus dedos. Tudo o que sempre
fiz,

foi seguir o trilho deixado, tal como a outra
senhora seguiu
as migalhas.

E tudo isto é apenas uma forma
de dizer que sim
ao pensamento aceso
sem perder o rasto
ao regresso.
******

pedro s. martins

4 comentários:

  1. eu também digo que sim aos teus poemas alinhavados (porque li um no reader que não está aqui...) beijinho grande, pedro.

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  2. esse poema é-me muito querido. Tão querido que regressou à gaveta.

    beijinho

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  3. Mas este que aí está a chegar ainda é mais :)

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