alex gozblau
O fundo do mar a arder era
grito de criança descontinuado. Quando a lua
babou luz
guia amor para todos cá em baixo. Sentiste
na pele queimada de saliva astral.
Sou homem pernalta e acho-me imóvel.
Não consigo dar um passo do tamanho de uma
migalha incandescente. Bebi cinza em vez de mineral,
comi bolachas de urtigas com sabor ao amor desta
mansarda de impróprios dançantes.
Agora pode cair o preto das trevas em mim, nós, vós,
cortem (não se esqueçam de cortar) a teia
umbilical que vos une em série. São todos (somos todos) filhos da
mesma mãe criatura de cabeça bobine repleta
de imagens sequenciais anárquicas. Rodopiam o cerebelo da
pobre velha cansada de nós todos (filhos) criando a
ilusão eterna da maternidade sã.
Revoltou-se o silêncio
porque estava só.
Rugiu fabricado leão Fénix dourada pela pele rubra incandescente
(- sou o silêncio de vos todos a cantarem)
e por sorte do acaso mestre não a acordou. Saracoteou as vogais
em torno dos tímpanos despertos polícias de sons agrestes.
Agora calem-se todos com esse mutismo espesso que a senhora vossa mãe continua a dormir
Como na noite em que (mãe) nasceu,
como no dia em que (vocês todos urdidura humana) nasceram.
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pedro s. martins
e sim....na senda das palavras que ficam!!!!!
ResponderEliminarbeijo.
(piano)
tantos espelhos...
ResponderEliminarConfúcio: " O silêncio é um grande amigo, o único que nunca poderá trair - te". Sim, solidão e silêncio andam juntos.
ResponderEliminarUm abraço
difícil poesia, a tua. mas fascinante. beijos
ResponderEliminarVim te ver e ler novamente.
ResponderEliminaruma escrita para se ficar pensando, ótimo.
beijos e bela quarta.
Cleo
José,
ResponderEliminarninguém utiliza tão bem os espelhos como o seu amigo António. O maior génio literário que conheço.