Estou amarrado à cama
a re.matar cada morto que
tenta incomodar meu sono.
Não há paciência.
Não dão descanso. Vejo-os
disfarçados de cisnes, de maçados e
maracujás. Disparo chumbo sobre cada um.
Quando pouso a arma de arremesso imaginário
fico com uma rosa em cada mão. A pedir
a clemência que merecia ter. Não foi este o
caminho que tracei para mim, alguém a quem
não conheço as feições traçou-o por mim.
Nem sei quem se aproxima de mim a esta hora da noite.
Dou-lhes um tiro de aflição e peço-lhes guarita
Enquanto cá estiver,
vivo.
Seus mortos, escolham:
Arma ou alma.
A esta hora já não vejo nada,
o nevoeiro caiu sobre os meus olhos
e apenas me faz ver a mim, reflectido
no gume do meu sabre a escorrer alma.
Não olhem para mim, vejam-nos a eles
a levantarem a tampa da morte como se
erguessem a portinhola da alma.
(estás morto. Ainda assim, toma lá esta facada.)
(estás corporeamente enterrado. Ainda assim toma lá
este pedaço de alma mascavada.)
Peço desculpa a todos os que leram até aqui. O
morto sou eu e as agressões são sobre o meu
pêlo que ainda não foi à terra.
Se me virem a bailar no caixão, é porque
São Pedro me deixou entrar em Las Vegas.
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pedro s. martins
Mais loguinho.
Há 4 horas
Uma poesia onírica, talvez surreal. Eu gosto. Beijos
ResponderEliminare tu de tanto estar morto, estás vivo. obrigada pelo convite. gostei das palavras. vou passando Pedro. *
ResponderEliminar...Fala poeta!!!!
ResponderEliminarbem vindo à rede.
aquele abraço...
Obrigado a todos.
ResponderEliminarMariab, apelidar a minha poesia de surreal é um grande elogio para mim.
loooooooooooooooooool heheheh ta fixe!
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