Estou amarrado à cama
a re.matar cada morto que
tenta incomodar meu sono.
Não há paciência.
Não dão descanso. Vejo-os
disfarçados de cisnes, de maçados e
maracujás. Disparo chumbo sobre cada um.
Quando pouso a arma de arremesso imaginário
fico com uma rosa em cada mão. A pedir
a clemência que merecia ter. Não foi este o
caminho que tracei para mim, alguém a quem
não conheço as feições traçou-o por mim.
Nem sei quem se aproxima de mim a esta hora da noite.
Dou-lhes um tiro de aflição e peço-lhes guarita
Enquanto cá estiver,
vivo.
Seus mortos, escolham:
Arma ou alma.
A esta hora já não vejo nada,
o nevoeiro caiu sobre os meus olhos
e apenas me faz ver a mim, reflectido
no gume do meu sabre a escorrer alma.
Não olhem para mim, vejam-nos a eles
a levantarem a tampa da morte como se
erguessem a portinhola da alma.
(estás morto. Ainda assim, toma lá esta facada.)
(estás corporeamente enterrado. Ainda assim toma lá
este pedaço de alma mascavada.)
Peço desculpa a todos os que leram até aqui. O
morto sou eu e as agressões são sobre o meu
pêlo que ainda não foi à terra.
Se me virem a bailar no caixão, é porque
São Pedro me deixou entrar em Las Vegas.
******
pedro s. martins
Põe lá um aviso na porta da internet.
Há 20 horas
Uma poesia onírica, talvez surreal. Eu gosto. Beijos
ResponderEliminare tu de tanto estar morto, estás vivo. obrigada pelo convite. gostei das palavras. vou passando Pedro. *
ResponderEliminar...Fala poeta!!!!
ResponderEliminarbem vindo à rede.
aquele abraço...
Obrigado a todos.
ResponderEliminarMariab, apelidar a minha poesia de surreal é um grande elogio para mim.
loooooooooooooooooool heheheh ta fixe!
ResponderEliminar