Segredaste-me que a minha falésia era
o rutilante espelho que trago impresso
na carne. Ao acreditar
abri de imediato
o incandescente transladar da minha decisão
para a tua vontade.
Perdi o narrador que havia em mim
para o teu contornar de vivências –
assaltos num ringue de emoções
viciadas.
A minha vida passou a ser assim: sentada. E não é isso
que me dói mais.
Constatar o abrupto cortar das raízes fixantes
à eternidade é o motivo de tantas vezes patinar
no silêncio do pousar rude na beleza do horizonte
avistado do meu alcantil.
Dia uno a viver sob um céu de gambiarra.
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pedro s. martins
PS: quem quiser que o ilustre, quem quiser que o comente, quem quiser que se inspire.
uma novidade não pode durar duas semanas
Há 10 horas
"Perdi o narrador que havia em mim
ResponderEliminarpara o teu contornar de vivências"
Gostei em especial desta parte! Levo comigo...
São interessantes os ardis que nos fazem parar.De repente,era o momento desse "enraizar-se",mas achei incrível a "vida sentada",achei muito forte essa expressão.Abraços.
ResponderEliminarPedro
ResponderEliminarsão gotas de orvalho
suas palavras
com música no sangue
adorei
voltarei
sempre
abraço
Gosto de ler um bom poema, definitivamente é muito inspirador.
ResponderEliminarQue bonito... *
ResponderEliminarPedro,
ResponderEliminarbelas palavras! obrigada.
1ª visita, que repetirei com toda a certeza!
atrevo-me a oferecer-lhe a imagem das 'raízes' do meu último post, ficavam bem aqui, neste poema fantástico! se quiser pode ir buscar! :)
ainda hibernante, fiz hoje uma pausa no meu hiato.
deixo-lhe um sorriso :)
mariam
poema de imagens muito belas. musical...
ResponderEliminargostei muito.
abraços
... .... .... .....
ResponderEliminar.
tb. Pedro . tb gostei muito!
forte abraço.
E quem quiser diga simplesmente que passou por aqu, que é mulher e que gosta de palavras assim, bem arrumadas.
ResponderEliminarAmar acaba sendo um troca, troca se um pouco a liberdade por uma abraço reconfortante, troca um pouco de solidão por comunhão a dois e assim sucessivamente...
ResponderEliminarFique com Deus, menino Pedro.
Um abraço.
"Constatar o abrupto cortar das raízes fixantes
ResponderEliminarà eternidade é o motivo de tantas vezes patinar
no silêncio do pousar rude na beleza do horizonte
avistado do meu alcantil."
que beleza...
Eu li e inspirei-me , com certeza.
ResponderEliminarSerá bom perder esse narrador?
ResponderEliminarTeresa,
ResponderEliminaré péssimo.
vida sentada, enlatada, alcatifada, estuporada. passou a ser assim, a vida, a vidinha.
ResponderEliminarFilipa,
ResponderEliminare isso é vida?
é uma vida diminuída, amputada. é uma vidinha. nem vidinha é, é uma vidita. :I
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